Abaixo uma prévia muito interessante do Game AVATAR, feito por um site PORTUGUÊS. Por isso não reparem na linguagem um pouco diferente, mas dá pra entender muito bem. Parabéns ao pessoal do site Eurogamer.pt.
Fonte: Eurogamer
É certamente um dos grandes filmes de fim de ano, e muitos já o chamam do novo Star Wars. Este não é apenas mais um filme, mas sim o mais recente filme do realizador James Cameron, que para quem esteve fora deste planeta, é apenas o realizador/director de filmes como Exterminador Implacável, Aliens, Abismo e Titanic. Coisa pouca não? Mas neste momento está nas bocas do mundo, devido à sua mais recente obra, o filme Avatar.
Avatar, o filme, tem estreia a 17 de Dezembro de 2009, e terá uma panóplia de versões para as mais diversas consolas e plataformas. Mas, Avatar o jogo, não é meramente uma adaptação do filme a videojogo, pelo menos é o que querem fazer crer a equipa que está a produzir Avatar. Está prometido um jogo que complementa o filme, que nos leva ainda mais fundo na história e não uma mera adaptação que se aproveita do suposto sucesso do filme.
Numa viagem relâmpago a Madrid, à sede da Ubisoft, tive o privilégio de poder jogar a versão videojogavel de Avatar, na versão Xbox360. Primeira impressão? Fiquei deveras agradado. Em primeiro lugar, devo esclarecer que tinha duas versões para poder experimentar, uma dita normal e outra a versão 3D. Ou seja, parece que afinal agora é que chegou o 3D e os restantes são meramente enganos tridimensionais. A era das TV’s 3D com recurso aos lindos óculos à beto está na moda. Primeiro entraram no cinema, e filme que se preze agora tem que ter versão 3D, então se for de animação ainda melhor. Na área dos videojogos a coisa não parece ser assim tão permeável. A principal razão está no preço e disponibilidade das TVs 3D e também que tipo de tecnologia 3D irá vencer como padrão na indústria. Sim, porque existe diferentes tecnologias 3D, e logo os videojogos terão que ser criados tendo em vista determinada tecnologia. Estamos assim perante uma nova guerra, que antes era a questão do Blu-Ray vs HD-DVD(ainda se lembram?) mas agora é a tão famigerada visão 3D.
Um ambiente belo, com muita cor e vegetação.
Após jogar as duas versões posso dizer que não quero voltar atrás. Mas sei, que tudo dependerá também da produtora. É um pouco como no cinema, existem filmes, e já deverão ter tido essa experiência, que pouco ou nada simulam a sensação 3D, sendo alguns com pequenos acrescentos. Por outro lado, e pensando de raiz nessa tecnologia, existem filmes que ficam estupendamente belos, e criam uma enorme interacção visual com o espectador. O mesmo se passa nos videojogos. Avatar, tem situações em que rapidamente nos apercebemos de que foi pensado já com base nesta tecnologia e não como uma adaptação. Algo estranho, pois deveria ser onde mais se nota a tecnologia 3D, as cut-scenes em 3D não me pareceram muito 3D (desculpem o pleonasmo), embora poucas tenham sido visionadas para tirar uma maior ilação. Isto poderá ser um bom sinal, pois nas partes jogáveis a sensação 3D é tremenda.
Rinoceronte com cabeça de tubarão martelo?.
Finalizando a questão do 3D, posso afirmar que é uma nova forma de jogar. Os objectos, a resolução, os pormenores e a profundidade atingem níveis fantásticos. Onde consegui verificar melhor esta tecnologia foi quando entrei dentro de um mech, com cápsula de vidro. Na realidade parecia que estava a conduzir um soldadinho de chumbo, tal era a sensação 3D e de detalhe. Olhar para dentro do habitáculo, ver os contornos do objectos, dos braços, dos materiais, é algo que apenas esta tecnologia permite. Sem ela, toda esta sensação de profundidade e realismo está ausente. Não posso afirmar que é um salto enorme, pois mais e melhores coisas deverão vir, mas acredito que parte do futuro muito próximo da industria passará pela tecnologia 3D. O maior entrave poderá ser a condição de sermos obrigados a colocar os óculos 3D, que para muitos poderá ser um bloqueio, mas na era dos gadgets e periféricos por todos os lados e feitios, não deverá ser assim tão difícil a sua entrada nas nossas salas de estar. Só o futuro dirá e principalmente o consumidor.
Sobre o jogo em si e principalmente pelo seu enredo, Avatar é já aclamado como épico. Não podemos separar o filme do jogo, pois ambos parecem completar-se. Projectado desde à 14 anos por James Cameron, como que de um embrião se tratasse, à espera da tecnologia certa, pelos menos é assim que querem fazer crer. O planeta terra está sem recursos energéticos, e à bom terráqueo a solução mais fácil é sugar outro planeta em busca das suas fonte energéticas. O planeta escolhido é Pandora, um planeta parecido com o nosso, mas onde um humano não consegue respirar. Em Pandora vivem os Na’vis, povo local, que claro irão tentar defender o seu planeta a todo custo. A solução encontrada pelos humanos passa pela criação de humanos Na’vis híbridos, onde os humanos controlam esses seres por forma de consciência, actuando no meio dos nativos. Esses seres são os Avatares, quase como uma nossa representação virtual, mas neste caso bem real. Mas nunca um desses híbridos foi aceite como um Na’vi, até um dia…
Pandora é um planeta belo, preenchido de uma fauna ímpar, mas ao mesmo tempo estranha. O perigo parece estar em todo lado, desde os Na’vis até às plantas e diversos animais. É um planeta, usando as palavras dos produtores, que chega a ser idílico. A produção está dividida pelas diversas plataformas, adaptadas quer em jogabilidade e tema a cada uma delas. Claro está que a versão disponível, uma da nova geração, neste caso na Xbox360, é certamente a que melhor consegue demonstrar a beleza de Pandora. Destacamos as cores, a recriação da vegetação e efeitos de luz. Ainda um pouco abaixo do nível desejado, estão certas texturas, principalmente a das personagens e certos veículos e armas. Certas alturas encontramos alguns slowdowns, os quais esperamos que sejam resolvidos até a versão final.
Uma das criaturas super rápidas. Ao verem um, gatilho até fazer lume.
Podemos jogar com ambas as facções, tendo cada uma delas, humanos ou Na’vi, os seus pontos fortes e fracos. O jogo é jogado na terceira pessoa, tento momentos em que podemos controlar veículos e enormes Mechs. O motor de jogo é o mesmo de Far Cry 2, o Dunia, e assim tal como em FC2, podemos contar com zonas vastas e interacção com o meio. De volta estão os incêndios porque poderão ser deflagrados e aumentados. É quase imperativo efectuar uma comparação com Lost Planet 2, pois em muitas coisas é um pouco parecido. Desde a forma de andar da personagem (um pouco robóticas e com falta de movimentos), aos checkpoints e objectivos, até mesmo ao efeito da floresta e combate com enormes animais. Não que isso seja em sí algo mau, longe disso, mas antes cria uma familiaridade directa.
Uma das agradáveis surpresas foi a possibilidade de termos habilidades, embora aparentemente se resume apenas a quatro iniciais. Digamos que são habilidade de tempo, onde poderemos usar, como por exemplo um raid aéreo, mas que para podermos usar novamente teremos que esperar que esteja novamente disponível, trazendo um pouco de estratégia aos combates, pois teremos que usar sabiamente os recursos disponíveis.
Avatar promete, não apenas nos cinemas, mas também nas nossas salas de estar em forma de videojogo. Pena é que em termos de tecnologia 3D esteja à frente do seu tempo, pois muito poucos de vocês irão poder jogar como o jogo deveria ser jogado. Está prometido que quem jogar sem a tecnologia 3D irá desfrutar na mesma do jogo, mas depois do 3D não queremos jogar de outra forma. Ainda tentei trazer a TV disponível, mas não cabia debaixo do braço.
James Cameron’s Avatar: The Game tem data de lançamento para 03 de Dezembro de 2009.
Filed under: Prévias | Leave a comment »